Corinthians e Flamengo realizaram a melhor partida da Libertadores, nesta quarta-feira. O time do Parque São Jorge venceu o jogo por 2x1, mas deixou escapar a classificação, diante dos 35.561 pagantes, que garantiram uma renda superior a R$ 2 milhões. O Pacaembu foi palco de um confronto que entrou para a história, digno de 2 equipes tradicionais, protagonistas de um espetáculo que parou todo o país, deixando a fase decisiva da Copa do Brasil em segundo Plano.
O Corinthians dominou o primeiro tempo. Partiu para cima dos rubro-negros, marcando os visitantes no campo de defesa. A postura defensiva do Flamengo ficou mais intensa, devido à falta de um meia armador, pois Vinícius Pacheco não é um homem de ligação com o ataque e o restante do meio de campo da equipe era formado apenas por volantes - Rômulo, Maldonado e Willians -, cabendo ao lateral direito Léo Moura, que ficou sobrecarregado, sem poder avançar, armar o time. Love e Adriano, respectivamente, tiveram apenas 2 oportunidades e desperdiçaram. O Coringão, mais ofensivo, marcou o primeiro gol aos 27` - o zagueiro David fez contra - e ampliou a vantagem aos 39`, com Ronaldo. Os 2x0 asseguravam a classificação corinthiana.
No segundo tempo, o Flamengo nivelou o confronto. O placar desfavorável fez os cariocas se atirarem ao ataque. O técnico Rogério percebeu a deficiência na armação do time e sacou Vinícius Pacheco. A entrada de Petkovic era certa, porém o treinador flamenguista optou por Kléberson. Uma grata surpresa! O Penta melhorou o meio de campo, fez a ligação com o ataque e deixou Vágner Love livre para marcar o gol da classificação, aos 4` da etapa final. O adversário se abateu e partiu ansioso para o ataque, abrindo espaços na defesa. O Flamengo perdeu várias chances com Kléberson, Léo Moura, Adriano e Love, jogando no contra ataque. A vaga foi garantida com uma excelente defesa de Bruno, mantendo os 2x1, em cobrança de falta do zagueiro Chicão, último lance de ataque dos paulistas, antes do apito final.
Os heróis do jogo foram vários. Bruno, Léo Moura e o surpreendente Kléberson merecem destaque. O Imperador ficou devendo. Teve raros lampejos e andou em campo, durante grande parte do jogo, deixando evidente o contraste com o parceiro de ataque Vágner Love. O Artilheiro do Amor correu por todos os cantos das 4 linhas. Ajudou na marcação, recuou para buscar a bola no meio e ainda colaborou com a defesa. O camisa 9 foi o craque da partida, colocou o Flamengo na fase seguinte e deixou o campo consagrado, substituído por Fierro. Love ajudou o Flamengo a cumprir esta missão. Porém, ainda terão outros embates fortes pela frente. É preciso que os jogadores encarem cada confronto como uma final, fazendo valer a tradição e a mística do Manto Sagrado, diante dos adversários.
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